O ministro da Agricultura e Pecuária afirmou que os focos de gripe aviária detectados no Rio Grande do Sul não devem impactar significativamente o preço da carne de frango no mercado interno, mesmo com a suspensão temporária de exportações para mais de uma dezena de países. Ele destacou que 70% da produção já é destinada ao consumo doméstico, o que ajuda a manter a estabilidade dos preços. Além disso, a expectativa é que os países retomem as importações gradualmente após um ciclo de 28 dias sem novos casos, seguindo os protocolos sanitários internacionais.
O Brasil, maior exportador mundial de carne de frango, vendeu 5,2 milhões de toneladas do produto em 2024, com destaque para mercados como China, Japão e União Europeia. Até o momento, apenas dois focos da doença foram confirmados no Rio Grande do Sul, ambos controlados, enquanto outros casos suspeitos em diferentes estados estão sob investigação. O governo destacou a transparência do sistema de monitoramento, com atualizações em tempo real, e a eficiência nas medidas de contenção, como a eliminação de aves infectadas e a esterilização de aviários.
Apesar das suspensões, o ministério acredita que o impacto nas exportações será limitado, já que muitos acordos bilaterais restringem apenas produtos provenientes do Rio Grande do Sul ou de áreas específicas. O secretário de Comércio e Relações Internacionais reforçou que a maioria dos protocolos prevê restrições localizadas, minimizando efeitos amplos. O país mantém confiança em seu sistema de defesa agropecuária, considerado um dos mais robustos do mundo, e espera retomar plenamente as vendas internacionais em breve.