O ministro da Agricultura e Pecuária declarou que a chegada da gripe aviária a granjas comerciais no Brasil era inevitável, mas destacou a robustez do sistema de defesa sanitário, que levou 19 anos para registrar os primeiros casos. Desde o surgimento inicial em aves migratórias no Espírito Santo, há dois anos, houve casos esporádicos, mas apenas agora a infecção atingiu propriedades comerciais no Rio Grande do Sul. Até o momento, há dois casos confirmados e sete em análise, com parte já descartada.
O governo está focado em conter a disseminação, com duas granjas já desinfetadas no Rio Grande do Sul. A reabertura dos mercados internacionais seguirá o protocolo sanitário, contando 28 dias a partir de quarta-feira (21.mai). Atualmente, 17 países fecharam totalmente as importações de produtos avícolas brasileiros, enquanto outros três restringiram apenas os itens do Rio Grande do Sul. A China, principal parceiro comercial, suspendeu compras, mas o impacto é limitado, pois a região afetada exporta apenas material genético.
O ministro afirmou que não há necessidade imediata de reforço orçamentário, mas defendeu a criação de um fundo emergencial para crises sanitárias futuras. Equipes técnicas trabalham para mapear a infecção, com inspeções em propriedades num raio de 10 km. Se não forem detectados novos casos, o Brasil poderá declarar à Organização Mundial de Saúde Animal que a doença está controlada, iniciando esforços diplomáticos para reabrir mercados. Relatórios periódicos serão enviados aos parceiros comerciais para acelerar o processo.