A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o crescimento das despesas acima do previsto, especialmente com Previdência, levou ao bloqueio de R$ 10,6 bilhões no Orçamento de 2025. O contingenciamento total chega a R$ 31,3 bilhões, sendo R$ 20,7 bilhões em contingenciamento e R$ 10,6 bilhões em bloqueio direto. Tebet destacou que a abertura de um crédito extraordinário de R$ 12,4 bilhões ajudou a reduzir o impacto do corte, evitando um bloqueio maior em despesas obrigatórias.
A diferença entre a inflação projetada na Lei Orçamentária Anual (LOA) e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) efetivo de 2024 justificou a medida. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que várias rubricas do Orçamento são indexadas à inflação, o que exige ajustes para manter o equilíbrio fiscal. “Não posso ter uma inflação no Orçamento e outra no salário mínimo”, afirmou.
O anúncio foi feito durante a apresentação do Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas do segundo bimestre. O governo busca cumprir a meta fiscal, mesmo com os desafios de despesas crescentes. A medida reflete a necessidade de conter gastos diante de projeções econômicas menos favoráveis, mantendo o compromisso com o equilíbrio das contas públicas.