A ministra do Planejamento, Simone Tebet, afirmou que alcançar um superávit primário de R$ 14,5 bilhões em 2025 pode ser o ponto mais desafiador da Lei Orçamentária, mas destacou que o governo tem condições de zerar o déficit primário até o fim do ano, cumprindo assim a meta fiscal. Tebet mencionou que fatores como desaceleração global ou aumento de despesas aprovadas pelo Congresso podem dificultar o objetivo, mas também citou receitas extras, como o programa de transação de dívidas, que podem compensar parte do valor. A ministra expressou otimismo com o crescimento econômico, reforçando que o cenário atual é favorável para “colher os frutos” de políticas implementadas.
Sobre a proposta de ampliar a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, Tebet disse acreditar na aprovação pelo Congresso, mas admitiu que o texto final pode sofrer ajustes, como tributar faixas mais altas (acima de R$ 80 mil) para compensar a renúncia fiscal. Ela enfatizou, no entanto, que o governo não abrirá mão de equilibrar as contas, descartando aumentos de tributos como alternativa. A revisão de benefícios fiscais foi apontada como uma possível solução, mas a decisão final dependerá das discussões legislativas em andamento.
A entrevista reforçou o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal, mesmo diante de incertezas externas, e destacou a importância de medidas compensatórias para garantir sustentabilidade econômica. Tebet reiterou que, embora haja desafios, o cenário é positivo e alinhado com as expectativas de crescimento para o ano.