A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), marcada para novembro de 2025 em Belém, foi destacada pela ministra do Meio Ambiente como a “COP da implementação”. Durante evento na PUC-Rio, ela enfatizou a urgência de ações concretas contra as mudanças climáticas, citando a necessidade de políticas baseadas em evidências científicas e o limite de 1,5°C de aquecimento global estabelecido pelo Acordo de Paris. A ministra também lembrou o histórico das discussões climáticas, desde o físico sueco Svante Arrhenius em 1896 até a encíclica Laudato Si, do papa Francisco, que defende a integração entre justiça ecológica e social.
O evento reuniu representantes de mais de 200 universidades para debater estratégias alinhadas à COP 30, incluindo a proposta de vincular dívida pública e ecológica, tema abordado pelo papa Francisco e seu sucessor, Leão XIV. A ministra destacou a importância do diálogo entre academia, setores público e privado, e o Vaticano, com quem o Brasil e a ONU negociam um balanço ético global sobre compromissos ambientais antes da conferência.
Além disso, a ministra criticou as recentes mudanças no marco legal do licenciamento ambiental no Brasil, afirmando que a nova legislação enfraquece a proteção ambiental em um país com recursos naturais vitais, como 11% da água doce e 22% das espécies do planeta. Ela reforçou a necessidade de manter bases sólidas de preservação para enfrentar os desafios climáticos globais.