A 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro de 2025 em Belém, foi destacada pela ministra do Meio Ambiente como a “COP da implementação”. Durante evento na PUC-Rio, ela enfatizou a urgência de colocar em prática medidas já discutidas, reforçando a necessidade de políticas baseadas em dados científicos. A ministra também alertou sobre os riscos de ultrapassar o limite de 1,5°C de aquecimento global, conforme previsto no Acordo de Paris, e destacou o papel fundamental da ciência na preservação ambiental.
O evento contou com a exibição de uma mensagem do papa Leão XIV, que propôs reflexões sobre a relação entre dívida pública e ecológica, tema alinhado à encíclica Laudato Si’. A ministra ressaltou a importância da colaboração entre governos, academia e setor privado para promover justiça ecológica e social. Além disso, mencionou tratativas entre Brasil, ONU e Vaticano para um balanço ético global antes da COP30, reforçando o compromisso com a sustentabilidade.
Em meio às discussões, a ministra criticou a recente aprovação de um novo marco legal para o licenciamento ambiental no Brasil, classificando-o como um retrocesso na proteção ambiental. Ela destacou que o país, detentor de 11% da água doce e 22% das espécies do planeta, precisa de políticas robustas para preservar seus recursos naturais. O congresso reuniu representantes de mais de 200 universidades, com o objetivo de alinhar estratégias entre academia, setores público e privado para enfrentar os desafios climáticos.