A ministra do Meio Ambiente criticou duramente o Projeto de Lei do Licenciamento Ambiental durante uma aula na PUC-Rio, destacando que a aprovação no Senado representa um retrocesso na política ambiental do País, construída desde 1981. Ela evitou confirmar se pedirá veto presidencial, mas afirmou que o governo buscará reparar os pontos conflitantes com a proteção ambiental, caso o texto seja aprovado no Congresso. A ministra também expressou preocupação com o pedido de urgência para a votação, reforçando a necessidade de diálogo e participação democrática.
Durante o evento, que celebrou o Dia da Biodiversidade, a ministra contrastou seu “luto” pela aprovação do PL com a “luta” que continua em defesa do meio ambiente. A aula integrou o Congresso das Universidades Ibero-americanas, preparatório para a COP30, e destacou os 10 anos da encíclica Laudato Si, do papa Francisco, que aborda a importância da preservação ambiental e social. Ela mencionou ainda um diálogo com o Vaticano para promover um “balanço ético global” antes da COP30, enfatizando a necessidade de ações concretas contra o aquecimento global.
A ministra alertou sobre a “síndrome do espectador climático”, em que a falta de clareza sobre responsabilidades leva à inação. Ela criticou a exploração desmedida de combustíveis fósseis e defendeu a identificação dos responsáveis pela crise ambiental. O discurso reforçou a urgência de medidas efetivas e a importância da ciência para embasar decisões na próxima conferência climática.