A ministra do Meio Ambiente criticou as mudanças no licenciamento ambiental aprovadas no Senado, afirmando que elas podem prejudicar negociações internacionais, como o acordo entre União Europeia e Mercosul. Ela destacou que o Brasil vinha avançando em políticas de combate ao desmatamento, alinhadas ao Acordo de Paris, o que facilitava o diálogo com outros países. No entanto, a nova lei, que dispensa licenças para alguns empreendimentos, pode comprometer esses esforços e afetar a imagem do país como defensor do meio ambiente.
Ambientalistas apontam que a flexibilização traz riscos para comunidades tradicionais e a biodiversidade. Aprovada por ampla maioria no Senado, a proposta agora retorna à Câmara, onde deputados analisarão as alterações feitas pelos senadores. Defensores do texto argumentam que as mudanças desburocratizam o processo, enquanto críticos veem um retrocesso na proteção ambiental.
Em meio ao Dia Internacional da Biodiversidade, a ministra lamentou que parte dos mecanismos de proteção tenha sido “demolida” com a nova legislação. Ela reforçou que o licenciamento ambiental é essencial para preservar a riqueza natural do Brasil e atrair investimentos sustentáveis. O debate reflete a tensão entre desenvolvimento econômico e conservação, num momento em que o país busca equilibrar crescimento e responsabilidade ecológica.