A ministra da Secretaria de Relações Institucionais manifestou preocupação com a criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar os descontos indevidos no INSS. Em publicação nas redes sociais, ela argumentou que o colegiado pode atrapalhar as apurações em andamento e retardar o ressarcimento das vítimas. Segundo ela, o ambiente político em que a CPMI está sendo proposta pode levar a interferências externas e vazamentos de informações.
A ministra destacou que a investigação policial já em curso deve ser preservada para garantir sua eficácia. Ela também lembrou que a CPMI teria duração prevista de seis meses, o que poderia impactar negativamente as medidas já adotadas para resolver o caso. A preocupação central é que o processo parlamentar acabe prolongando o sofrimento dos atingidos pela irregularidade, em vez de acelerar uma solução.
O posicionamento reflete um debate mais amplo sobre a eficácia de comissões parlamentares em casos que já estão sob investigação de outras instâncias. Enquanto alguns defendem a CPMI como ferramenta de transparência, outros temem que ela se torne um palco para disputas políticas, prejudicando o foco nas vítimas e na apuração técnica.