A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o licenciamento ambiental no Brasil sofreu um “golpe de morte” após a aprovação do novo marco regulatório (PL 2.159/2021) pelo Senado. Durante evento no Rio de Janeiro, ela destacou a necessidade de resistir a retrocessos e buscar sustentabilidade política para manter as conquistas ambientais. A ministra enfatizou que ações de comando e controle não são suficientes, defendendo também medidas econômicas para avançar na agenda ecológica.
No mesmo evento, foi assinado um acordo entre o Ministério do Meio Ambiente e o BNDES para destinar R$ 11,2 bilhões do Fundo Clima a iniciativas sustentáveis. O presidente do banco, Aloizio Mercadante, alertou sobre a aceleração do aquecimento global e o crescimento do negacionismo, citando a saída dos EUA de acordos climáticos como o de Paris. Ele defendeu que o Brasil deve liderar a agenda ambiental global, especialmente com a COP30 no horizonte.
Autoridades presentes, como a ministra da Igualdade Racial e o presidente do Ibama, reforçaram a importância de proteger biomas e combater a emissão de gases de efeito estufa. Mercadante destacou a urgência de ações mais efetivas contra a degradação ambiental, enquanto Marina Silva conclamou a sociedade a pressionar pela manutenção das políticas ambientais. O discurso foi marcado por tom de alerta, mas também por apelos à mobilização coletiva.