A ministra do Meio Ambiente criticou a aprovação pelo Senado do novo marco do licenciamento ambiental, afirmando que a medida pode prejudicar interesses estratégicos e econômicos do país. Durante um evento no Rio de Janeiro, ela comparou a decisão a um “tiro no pé”, destacando que a flexibilização das regras ambientais pode afetar acordos comerciais, como o tratado entre o Mercosul e a União Europeia. A ministra também ressaltou que a redução do desmatamento foi crucial para abrir mercados internacionais à agricultura brasileira.
Ela defendeu uma mobilização da sociedade para pressionar os parlamentares, evitando que a legislação atual seja desmantelada. A ministra mencionou a dificuldade em avançar com projetos no Congresso, mesmo com o apoio de outros ministérios, como o da Fazenda. Segundo ela, o governo tem trabalhado desde a transição para fortalecer a proteção ambiental, mas os recentes retrocessos ameaçam esses avanços.
Por fim, a ministra reforçou a necessidade de continuar progredindo nas políticas ambientais para evitar o aumento do desmatamento e a perda de credibilidade internacional. Ela destacou que a ausência de um licenciamento ambiental robusto coloca em risco tanto a biodiversidade quanto a economia do país, especialmente em um momento em que o Brasil busca consolidar sua imagem como líder em sustentabilidade.
