O Ministério Público Eleitoral de São Paulo (MPE-SP) solicitou a cassação dos mandatos de vereadores eleitos pelo Progressistas (PP) nas eleições de 2024, alegando fraude à cota de gênero. Segundo a denúncia, pelo menos cinco candidaturas femininas teriam sido registradas apenas para cumprir a exigência legal de 30% de mulheres, sem campanha efetiva ou arrecadação de recursos. Entre os casos citados está o de uma candidata com mais de 130 mil seguidores nas redes sociais, que obteve apenas 121 votos.
O partido contestou as acusações, afirmando que todas as candidaturas foram legítimas e que as defesas apresentadas comprovam a regularidade do processo. Em nota, o Progressistas destacou que o último colocado na chapa foi um homem, com apenas oito votos, questionando o critério usado para classificar as candidaturas como “laranjas”. A vereadora Janaína Paschoal, uma das eleitas, defendeu as candidatas, afirmando que elas participaram de atos de campanha e criticou a ação do MPE como uma interferência na vontade popular.
O caso ainda está em análise, e o MPE-SP pediu a cassação dos diplomas dos eleitos e do registro partidário, alegando “provas robustas” de irregularidades. Enquanto isso, o partido mantém sua confiança na improcedência da ação, argumentando que a chapa foi aprovada democraticamente nas urnas. O desfecho dependerá da instrução processual e da oitiva de testemunhas.