O Ministério Público Eleitoral de São Paulo está investigando a cassação de quatro vereadores eleitos pelo Partido Progressistas (PP) devido a suspeitas de fraude eleitoral. A ação, movida por partidos de oposição e um vereador, alega que o PP utilizou candidaturas femininas fictícias para cumprir a cota de gênero exigida por lei. Entre os indícios estão a falta de movimentação de recursos de campanha e a ausência de atividades eleitorais por parte de algumas candidatas.
Em defesa, uma das parlamentares investigadas argumentou que eventuais falhas no apoio do partido às candidatas não deveriam ser atribuídas aos eleitos, que teriam conduzido suas campanhas de forma regular. Ela destacou que algumas das acusadas participaram de ações como gravações de programas eleitorais e convenções partidárias, contestando a alegação de que seriam “laranjas”.
O Ministério Público pede a cassação dos mandatos e a anulação dos votos recebidos pelo PP, o que poderia alterar o resultado das eleições passadas. A decisão final agora depende do juiz eleitoral responsável pelo caso. O processo levanta debates sobre o cumprimento das cotas de gênero e a fiscalização de candidaturas no sistema político brasileiro.