O Ministério dos Transportes concluiu apenas 4 dos 15 leilões rodoviários previstos para 2025, deixando um calendário apertado para o segundo semestre. Dos 11 certames restantes, apenas três têm datas definidas: a otimização da Eco101 (26 de junho), a ponte binacional entre São Borja e Santo Tomé (15 de julho) e a Rota Agro (14 de agosto). O projeto da ponte entre Brasil e Argentina, estratégico para o comércio regional, enfrentou dois adiamentos devido a falhas no edital e falta de interessados, mas foi ajustado para aumentar atratividade, com elevação da taxa de retorno para 15%.
Entre os leilões já realizados, destacam-se a concessão da Rota Agro Norte (BR-364/RO), vencida por um consórcio com desconto simbólico, e a BR-040/495/RJ/MG, arrematada por um grupo com deságio de 14%. Outros trechos, como a MSVia (BR-163/MS), foram concedidos à atual operadora, com investimentos previstos de R$ 9,3 bilhões. O modelo de “otimização” foi utilizado para atualizar contratos existentes, buscando reduzir tarifas e ampliar benefícios aos usuários.
A meta do ministério é superar o recorde de 2024, quando foram realizados 7 leilões, e chegar a 20 concessões em 2026. Os projetos incluem melhorias como duplicações, novas faixas e infraestrutura logística, essenciais para o escoamento de produtos do agronegócio e integração regional. No entanto, o ritmo atual sugere desafios para cumprir o cronograma, especialmente diante da baixa concorrência em alguns certames.