O Ministério da Fazenda ajustou suas projeções para a inflação e o crescimento econômico do Brasil em 2025 e 2026. A previsão para o IPCA em 2025 foi elevada de 4,9% para 5,0%, enquanto para 2026, o índice subiu de 3,5% para 3,6%. Apesar do aumento, as estimativas do governo permanecem abaixo das projeções do mercado, que espera um IPCA de 5,5% neste ano e 4,5% no próximo. Além disso, a projeção para o PIB em 2025 foi revisada de 2,3% para 2,4%, mantendo-se otimista em comparação com as expectativas do Banco Central (1,9%) e do mercado (2,02%).
A revisão do PIB reflete um desempenho mais forte no primeiro trimestre e expectativas positivas para a produção agropecuária. No entanto, a Secretaria de Política Econômica (SPE) alerta que o crescimento deve desacelerar no segundo semestre, aproximando-se da estabilidade. O cenário externo também permanece incerto, com dúvidas sobre a política comercial dos EUA e um dólar mais fraco, o que, junto à desaceleração global e à queda nos preços das commodities, pode reduzir pressões inflacionárias na América Latina no curto prazo.
A SPE destacou que as tensões comerciais e a incerteza global podem impactar o ritmo de crescimento do Brasil. Quanto à inflação, a piora nas projeções foi atribuída a pequenas variações nos preços em março e ajustes marginais nas expectativas para os próximos meses. O Banco Central defende uma moderação no crescimento para controlar a inflação, enquanto o mercado demonstra preocupação com medidas governamentais de estímulo à economia, como o novo programa de crédito consignado e a ampliação da isenção do Imposto de Renda em 2026.