O Ministério da Fazenda anunciou na noite desta quinta-feira (22.mai.2025) um recuo parcial no decreto que alterava as regras do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A principal mudança foi a manutenção da alíquota zero para aplicações de fundos nacionais no exterior, revertendo a decisão tomada mais cedo pela equipe econômica. A medida original, que buscava injetar R$ 20,1 bilhões nos cofres públicos em 2025, foi revisada após reunião no Palácio do Planalto com ministros-chave.
Outra revisão significativa foi a manutenção da alíquota de 1,1% para remessas destinadas a investimentos no exterior, em vez do aumento para 3,5% proposto inicialmente. Esse aumento havia sido visto pelo mercado como uma tentativa de controle cambial, área tradicionalmente gerida pelo Banco Central. Especialistas criticaram a medida, argumentando que ela poderia representar um passo em direção ao fechamento da conta de capital, conforme destacado por um ex-diretor do BC.
A mudança no IOF teria impacto direto no fluxo de dólares, afetando a oferta e a demanda pela moeda estrangeira. O recuo do governo reflete a sensibilidade às reações do mercado e a complexidade de equilibrar políticas fiscais sem interferir em áreas já reguladas por outras instituições. A decisão final restaura regras anteriores, evitando possíveis distorções no câmbio e nos investimentos internacionais.