O Ministério de Portos e Aeroportos anunciou nesta sexta-feira (16.mai.2025) a estruturação do segundo bloco de leilões portuários, previsto para julho. O pacote inclui quatro terminais localizados nos portos do Rio de Janeiro (RJ), Porto Alegre (RS), Vila do Conde (PA) e Maceió (AL), com expectativa de atrair R$ 1,03 bilhão em investimentos privados. A aprovação do TCU (Tribunal de Contas da União) liberou o arrendamento do terminal VCD29, no Pará, e dispensou a análise do RDJ07, no Rio de Janeiro. O edital será publicado pela Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) após a conclusão das etapas regulatórias.
O ministro Silvio Costa Filho destacou que o bloco visa ampliar a capacidade logística para o escoamento da produção agrícola, além de gerar emprego e renda e melhorar a infraestrutura para passageiros e turistas. Os terminais incluem o VCD29, voltado a granéis sólidos vegetais como soja e milho (R$ 908,5 milhões em investimentos), o RDJ07, para carga offshore de petróleo (R$ 99,4 milhões), o POA26, para granel sólido (R$ 21,1 milhões), e o TMP Maceió, terminal de passageiros (R$ 3,7 milhões). Os prazos de concessão variam de 10 a 25 anos.
O anúncio ocorre após o primeiro bloco de leilões, realizado em abril, que arrendou três terminais em Paranaguá (PR) e um no Rio de Janeiro (RJ) por R$ 2,74 bilhões. Destaques incluíram o PAR14, arrematado por um consórcio liderado pelo BTG Pactual Commodities, e o PAR15, concedido à Cargill Brasil. O terminal POA26, originalmente parte do primeiro bloco, foi retirado devido à falta de interessados, mas especialistas sugerem que ajustes no modelo podem revitalizar seu potencial. O governo mantém a meta de realizar 60 leilões no setor portuário durante o mandato atual.