O ministro da Fazenda afirmou em entrevista que o decreto que elevou as alíquotas do IOF foi debatido diretamente com o presidente da República, seguindo os trâmites institucionais. A medida, no entanto, causou instabilidade no mercado e foi revogada horas após o anúncio, diante de informações que indicavam problemas técnicos. O ministro destacou que a decisão de recuar foi baseada em análises técnicas e consultas a especialistas de confiança.
A revisão da medida ocorreu logo após o governo anunciar um congelamento de R$ 31,3 bilhões em gastos públicos, o que aumentou a pressão sobre a equipe econômica. O ministro explicou que a regularização do IOF está em discussão há algum tempo e que sua equipe está constantemente reavaliando as normas da pasta. A rápida reversão da decisão foi vista por analistas como um movimento atropelado, gerando críticas sobre o planejamento da medida.
Especialistas avaliaram que o aumento do IOF foi mal estruturado e implementado de forma precipitada, impactando operações financeiras, como remessas ao exterior. O ministro reforçou que a correção foi feita assim que os problemas foram identificados, evitando maiores transtornos. A situação expôs os desafios do governo em equilibrar ajustes fiscais e estratégias políticas em um cenário econômico complexo.