O ministro da Fazenda afirmou ser favorável à pesquisa na Margem Equatorial, região amazônica, para identificar reservas de petróleo, mas destacou a necessidade de o Brasil e o mundo reduzirem a dependência do combustível fóssil. Em entrevista, ele reforçou que a eventual descoberta de petróleo não deve atrasar a transição energética, defendendo investimentos em fontes alternativas. O Ibama havia negado uma licença para exploração em 2023 devido a preocupações com emergências ambientais, mas a Petrobras apresentou novas propostas para mitigar riscos, como bases de atendimento mais próximas.
A decisão final do Ibama sobre a licença é aguardada antes da COP-30, que ocorrerá em Belém em 2025. Enquanto isso, o governo debate a importância dos recursos gerados pela exploração de petróleo para financiar a transição energética, além de gerar empregos. O ministro de Minas e Energia argumenta que a produção brasileira tem emissões menores comparadas a outros países e que interrompê-la poderia aumentar as emissões globais, já que a demanda por petróleo continuaria.
O debate reflete a tensão entre a necessidade de avançar em direção a energias limpas e a realidade econômica do país. Enquanto alguns defendem a pesquisa como forma de garantir recursos para a transição, outros alertam para os riscos ambientais e a urgência de abandonar os combustíveis fósseis. O Brasil, que já é líder em energias renováveis, busca equilibrar esses interesses em meio às pressões globais pela descarbonização.