Um cabo da Aeronáutica foi condenado pela Justiça Militar a um ano de reclusão em regime aberto por desacato e assédio contra uma tenente. Os incidentes ocorreram em 2024, quando o militar fez comentários inapropriados sobre a aparência da superior e sugeriu que os dois fugissem juntos, mesmo após ela pedir que ele parasse, alegando estar noiva de outro colega. A pena foi substituída por medidas restritivas, incluindo a proibição de contato com a vítima e a obrigação de se apresentar trimestralmente à Justiça.
O assédio começou durante uma ação da Semana da Mulher, quando o cabo, atuando como motorista, fez elogios repetidos à tenente, ignorando seus pedidos para que parasse. Em outra ocasião, durante o transporte de vacinas, ele voltou a fazer insinuações inadequadas, mencionando problemas em seu casamento e convidando-a para ir embora com ele. A sentença destacou que as ações do réu violaram a disciplina militar e afetaram a autoridade e a dignidade da oficial.
A defesa do cabo negou as acusações, alegando que seus comentários eram corteses e sem maldade. No entanto, o tribunal considerou o relato da vítima consistente e respaldado por testemunhas, reforçando a gravidade do comportamento inadequado. A decisão judicial também destacou a necessidade de reflexão sobre o papel da mulher nas Forças Armadas e a importância de coibir condutas que minam a hierarquia e o respeito institucional. O réu recorreu da sentença.