Os metroviários de São Paulo decidiram, por maioria, não entrar em greve após aceitarem a proposta do governo do Estado. A votação, realizada online durante 24 horas e encerrada na quinta-feira (22.mai.2025), contou com a participação de 2.774 trabalhadores, dos quais 79,16% aprovaram o acordo, 18,71% rejeitaram e 2,13% se abstiveram. A greve, que estava prevista para começar na terça-feira (27.mai.2025), foi descartada, evitando possíveis transtornos para os usuários do metrô.
Entre os principais pontos do acordo estão a manutenção do Acordo Coletivo por dois anos, reajuste salarial de 5,01% (sendo 4,1% pagos imediatamente e 1% destinado a conter aumentos no plano de saúde), abono salarial e o fim da cobrança anual do laudo médico pericial. Os metroviários destacaram que, embora tenham alcançado avanços, intensificarão a luta contra a privatização do metrô, com foco em combater a terceirização da manutenção e defender o Plano de Carreira.
Na véspera da votação, os trabalhadores realizaram uma assembleia na quarta-feira (21.mai), quando inauguraram um novo espaço na sede do Sindicato dos Metroviários, localizada no bairro do Belém, em São Paulo. O movimento reforçou o compromisso com a mobilização e a defesa dos direitos da categoria, sinalizando que os debates sobre o futuro do metrô continuarão em pauta.