Nas vésperas da decisão sobre taxas de juros no Brasil e nos EUA, os mercados financeiros fecharam em queda, pressionados pelas incertezas em torno das novas tarifas comerciais anunciadas pelo governo americano e pelo aumento na produção de petróleo pela Opep+. No Brasil, o Ibovespa recuou 1,22%, com destaque para a queda acentuada das ações da Petrobras, que perdeu o patamar de R$ 400 bilhões em valor de mercado. A decisão da Opep+ de elevar a produção em 411 mil barris por dia, somada aos temores de desaceleração econômica global, derrubou o preço do petróleo Brent, afetando ainda mais as empresas do setor.
Especialistas projetam quedas adicionais nos preços do petróleo no segundo semestre, aumentando a pressão sobre as petroleiras. A Petrobras, que já anunciou redução no preço do diesel, viu sua presidente destacar os desafios causados pela volatilidade dos preços do commodity, pedindo maior eficiência aos fornecedores. Enquanto isso, nos EUA, os índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq também fecharam em queda, refletindo o nervosismo dos investidores diante das indefinições do Fed e das possíveis novas tarifas sobre produções estrangeiras.
O dólar encerrou o dia em alta frente ao real, cotado a R$ 5,68, acumulando valorização nos primeiros dias de maio, mas ainda com desvalorização anual. O cenário global, marcado por incertezas comerciais e monetárias, segue influenciando os mercados, com investidores adotando posições defensivas até que haja maior clareza sobre os rumos da economia internacional.