O fim da quinta-feira (22) foi marcado por turbulências nos mercados após o anúncio de um aumento inesperado no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Inicialmente, o governo propôs novas alíquotas, incluindo uma taxa de 3,5% sobre remessas internacionais de fundos de investimento, que foi revertida horas depois devido à forte reação negativa. A medida, que visava arrecadar R$ 20,5 bilhões este ano e R$ 41 bilhões em 2025, gerou instabilidade, com o dólar futuro oscilando 2,20% no dia.
As mudanças afetaram tanto pessoas físicas quanto empresas. Para indivíduos, houve aumento nas alíquotas sobre previdência privada, compras de moeda estrangeira e transações com cartões internacionais. Já para empresas, o IOF sobre empréstimos subiu significativamente, com tetos dobrados em alguns casos. A revogação da tributação sobre remessas de investimentos aliviou parte da tensão, mas a falta de alinhamento entre o Ministério da Fazenda e o Banco Central deixou uma impressão de descoordenação.
A expectativa para a sexta-feira (23) é de volatilidade nos mercados, com ajustes nas taxas de câmbio, juros e ações. Investidores temem que as mudanças sinalizem um ambiente mais adverso para o câmbio, especialmente para capital internacional. Enquanto isso, os EUA aguardam dados sobre vendas de casas novas, que podem influenciar ainda mais o cenário global.