O anúncio do governo federal sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e o congelamento de gastos gerou reações mistas no mercado financeiro nesta quinta-feira (22). Enquanto a contenção de despesas foi bem recebida, a falta de clareza sobre os detalhes do reajuste do IOF causou desconforto entre investidores, levando a uma alta de 0,35% no dólar, que fechou a R$ 5,6611, e a um recuo de 0,44% no Ibovespa, influenciado também pela queda nas ações da Petrobras. O governo confirmou um bloqueio de R$ 31,3 bilhões em gastos para cumprir metas fiscais, evitando um déficit primário de R$ 51,7 bilhões em 2025.
A medida fiscal foi inicialmente aprovada pelo mercado, refletindo-se na queda das taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs). No entanto, a incerteza sobre o IOF, que passará a tributar aportes mensais acima de R$ 50 mil em planos VGBL e operações de câmbio, elevou a volatilidade. Setores como energia e mineração também sentiram o impacto, com quedas nas ações da Vale e Petrobras, enquanto empresas como Azul e Raízen registraram altas significativas, impulsionadas por notícias específicas.
O cenário externo contribuiu para a pressão no dólar, com a aprovação de reformas tributárias nos EUA. No Brasil, destaque para a divisão entre acionistas da JBS sobre a dupla listagem nos EUA e a recuperação de ações do setor aéreo, como Gol e Azul. O mercado segue atento aos desdobramentos das medidas fiscais e seus efeitos em setores-chave, como consumo e infraestrutura, que também registraram movimentos positivos.