O Ibovespa encerrou a semana em queda de 1,66%, chegando a 134.997,30 pontos, após medidas controversas sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e declarações do ex-presidente dos EUA, Donald Trump, sobre tarifas comerciais. O mercado já esperava um movimento de aversão ao risco, reforçado pela desvalorização do real e pela queda do ETF EWZ, que recuou 2,22%. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, buscou acalmar os ânimos, afirmando que revisões pontuais no IOF foram feitas para evitar interpretações equivocadas sobre a política de investimentos.
O governo recuou parcialmente das medidas anunciadas, zerando a alíquota do IOF para fundos nacionais que investem no exterior, após críticas do mercado. A decisão ocorreu após uma reunião de emergência, influenciada por avaliações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, cuja fala em evento à tarde era aguardada com expectativa. Além disso, o anúncio de Trump sobre possíveis tarifas de 50% para produtos da União Europeia aumentou a volatilidade global, contribuindo para o cenário de cautela.
A semana, que começou com otimismo e o Ibovespa atingindo 140 mil pontos, terminou com incertezas. Investidores acompanharam de perto as mudanças nas regras fiscais e a necessidade de contenção de gastos públicos, enquanto aguardavam novos posicionamentos das autoridades. O clima de instabilidade reforça a sensibilidade do mercado a decisões políticas e a eventos externos, mantendo a pressão sobre os índices no curto prazo.