As ações da Berkshire Hathaway tiveram uma queda significativa após o anúncio da aposentadoria de seu CEO, marcando um raro revés para o conglomerado. As ações Classe A caíram 6%, chegando a US$ 763 mil, enquanto as Classe B, conhecidas como “baby Berk”, também recuaram 6%, eliminando US$ 40 bilhões em valor de mercado. Analistas atribuíram a desvalorização principalmente à saída do executivo, cuja influência e habilidade na alocação de capital são consideradas insubstituíveis.
Apesar da aposentadoria como CEO, o investidor continuará como presidente do conselho, enquanto Greg Abel, já esperado para o cargo, assumirá a liderança operacional. O conglomerado, que inclui marcas como GEICO e Dairy Queen, mantém um portfólio robusto, com participações em empresas como Apple e Coca-Cola. A transição ocorre em um momento em que a Berkshire registrou lucros operacionais abaixo das expectativas no primeiro trimestre, ampliando a cautela dos investidores.
Conhecido como o “oráculo de Omaha”, o CEO deixou um legado de retornos anuais de 19,9% desde 1965, quase o dobro do S&P 500. Sua saída simboliza o fim de uma era, mas a estrutura diversificada da Berkshire sugere resiliência a longo prazo. O mercado, no entanto, demonstrou sensibilidade à mudança, refletindo o peso de sua liderança na confiança dos acionistas.