O anúncio do governo brasileiro sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) gerou impacto negativo no mercado, especialmente entre investidores, levando a uma rápida revisão das alíquotas. Inicialmente, a taxa para remessas ao exterior subiria de 1,1% para 3,5%, mas, diante da repercussão, o governo recuou e manteve-a em 1%. A medida, somada ao contingenciamento de R$ 31 bilhões em gastos, contribuiu para a volatilidade do dólar e do Ibovespa, que fechou em alta de 0,40%, apesar das oscilações.
As declarações do ex-presidente dos EUA Donald Trump, que ameaçou impor tarifas de 50% sobre produtos da União Europeia e 25% em iPhones não fabricados nos EUA, também afetaram os mercados globais. No Brasil, o dólar chegou a subir mais de 1% antes de recuar, enquanto o Ibovespa recuperou-se após tocar mínimas abaixo de 135 mil pontos. Analistas destacaram que o cenário poderia ser pior sem o recuo do governo no IOF, mas as incertezas persistem.
Destaques do pregão incluíram a valorização de ações como Braskem (9,15%) e Raízen (7%), impulsionadas por notícias de aquisições e vendas de ativos, enquanto setores como varejo e bancos enfrentaram pressão. A Petrobras e o Itaú Unibanco fecharam em alta, refletindo a resiliência do mercado diante das turbulências. O relatório do Itaú BBA projetou que o Ibovespa pode buscar patamares de 142.000 a 150.000 pontos se mantiver suporte acima de 132.800.