O Mercado Livre apresentou um desempenho financeiro sólido no primeiro trimestre de 2025, com receita líquida de US$ 5,94 bilhões, um crescimento de 37% em relação ao mesmo período do ano anterior. O volume bruto de mercadorias (GMV) e o volume total de pagamentos (TPV) também registraram avanços significativos, impulsionados pela forte atuação na Argentina, onde o lucro de contribuição subiu 190%. Analistas do Morgan Stanley e do Itaú BBA elevaram seus preços-alvo para as ações da empresa, destacando a melhora operacional e a expansão das margens em e-commerce e serviços financeiros.
A Argentina emergiu como um dos principais motores do crescimento, com um diferencial favorável entre inflação e câmbio ampliando os resultados em dólares. Apesar da expectativa de maior convergência entre esses indicadores ao longo do ano, a margem de contribuição do país deve permanecer elevada, representando 39% do lucro total em 2025. Além disso, o crédito e os produtos próprios (1P) tiveram desempenho destacado, com vendas crescendo 64% e a receita publicitária avançando 50% em moeda local.
Os investimentos em logística e infraestrutura continuam a todo vapor, com um aumento de 73% no capex anual, totalizando US$ 256 milhões no trimestre. No Brasil, a empresa planeja investir R$ 34 bilhões em 2025, focando em expansão logística, tecnologia e geração de empregos. Com múltiplos de valuation atraentes e projeções otimistas, os analistas mantêm a recomendação de compra para as ações, reforçando a confiança no crescimento sustentável da companhia.