As taxas de juros no mercado futuro brasileiro mantiveram tendência de alta na primeira sessão de maio, em um ambiente de liquidez reduzida devido ao feriado. O dia foi marcado pela expectativa em torno da decisão do Copom, com incertezas sobre o ritmo e a magnitude dos possíveis aumentos da Selic. Economistas avaliam que o Banco Central pode adotar uma postura mais conservadora, considerando o cenário inflacionário resistente e a atividade econômica ainda forte, embora com sinais iniciais de desaceleração.
Nos Estados Unidos, os retornos dos Treasuries avançaram após a divulgação do relatório de empregos, que mostrou criação de vagas em abril acima do esperado. Embora a taxa de desemprego tenha ficado estável e o rendimento médio tenha subido menos que o previsto, os dados reforçaram a percepção de um cenário de juros elevados por mais tempo. A economista-chefe da Mirae destacou que o resultado contrastou com indicadores recentes mais fracos, como o PIB, influenciando as expectativas de ajuste nas taxas americanas.
No Brasil, as projeções para a decisão do Copom permaneceram estáveis, com a maioria do mercado apostando em um aumento de 0,50 ponto percentual, alinhado ao guidance do BC. O presidente da instituição reforçou a necessidade de cautela diante das expectativas de inflação desancoradas e da desaceleração econômica ainda incipiente. Ao final do dia, os contratos de DI para prazos entre 2026 e 2031 registraram leve alta, refletindo a persistência das apostas em juros mais altos no médio e longo prazo.