O mercado financeiro enfrentou um dia de volatilidade impulsionado por dados robustos da economia norte-americana e expectativas em relação às taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos. O dólar comercial fechou em alta, cotado a R$ 5,689, após oscilar durante o dia, enquanto o Ibovespa recuou 1,22%, pressionado pelas ações da Petrobras. A queda da petroleira ocorreu após a Opep+ decidir aumentar a produção global de petróleo, mesmo com a desaceleração nos preços internacionais, levando o Brent a US$ 60 e as ações da empresa ao menor patamar desde agosto de 2023.
Nos Estados Unidos, indicadores positivos do setor de serviços reduziram as expectativas de cortes nos juros pelo Federal Reserve ainda neste semestre. Já no Brasil, os investidores aguardam a decisão do Copom, com o mercado projetando um aumento de 0,5 ponto percentual na Selic, elevando-a para 14,75% ao ano. O boletim Focus reforçou essa perspectiva, refletindo o cenário de cautela entre os analistas.
A combinação de fatores externos e internos contribuiu para o clima de incerteza, com o dólar acumulando alta de 0,23% em maio, mas ainda registrando queda de 7,9% no ano. Enquanto isso, as ações preferenciais e ordinárias da Petrobras tiveram quedas significativas, impactadas pela decisão da Opep+ e pelo cenário global do petróleo. O mercado segue atento aos desdobramentos das reuniões do Fed e do Copom nesta semana.