O Ibovespa apresentou queda moderada nesta sexta-feira (2), oscilando entre 134.564,68 e 135.275,05 pontos, após encerrar abril com valorização de 3,69%. Apesar do mês positivo, o índice enfrenta instabilidade, influenciado pela ausência do mercado chinês — que permanece fechado até terça-feira (6) — e pela agenda interna esvaziada. Setores como minério de ferro e petróleo tiveram desempenhos mistos, com a Vale subindo 0,49%, enquanto o petróleo recuava cerca de 1,50%.
A expectativa de decisão do Copom na próxima semana, com possível aumento da Selic para 14,75%, também pesa sobre o mercado. Enquanto isso, os dados do payroll norte-americano trouxeram números divergentes: criação de 177 mil empregos, acima do esperado, mas com salários horários abaixo das projeções. Isso reduziu as apostas em um corte de juros pelo Fed em junho, aumentando a cautela entre investidores.
O anúncio da China sobre a disposição de negociar tarifas com os EUA — desde que Washington cancele medidas unilaterais — e a leve alta nas bolsas americanas trouxeram algum alívio, mas a incerteza persiste. Economistas destacam que, embora o cenário externo tenha elementos positivos, a volatilidade deve continuar no curto prazo, com o mercado aguardando definições sobre política monetária e relações comerciais.