O mercado financeiro iniciou maio com tranquilidade, impulsionado pelas expectativas de avanço nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China. O dólar comercial encerrou a sexta-feira (2) em queda de 0,41%, cotado a R$ 5,654, acumulando recuo de 0,58% na semana e 8,51% no ano. A bolsa de valores, representada pelo Ibovespa, teve um dia volátil, fechando estável com alta de apenas 0,05%, após oscilações durante o pregão.
Os fatores internacionais dominaram o cenário, com destaque para os dados de emprego nos EUA, que superaram as expectativas e reduziram as chances de corte de juros pelo Federal Reserve no primeiro semestre. No entanto, a confirmação de que os EUA procuraram a China para discutir as tarifas impostas pelo governo anterior acabou por aliviar as tensões comerciais. Essa disposição para diálogo pressionou o dólar para baixa globalmente, beneficiando economias emergentes, como o Brasil, devido ao papel da China como principal compradora de commodities.
A perspectiva de um acordo entre as duas maiores economias do mundo trouxe otimismo aos mercados, especialmente para países exportadores de bens primários. A notícia reforçou a tendência de queda do dólar e estabilizou os índices acionários, mesmo em um dia sem grandes movimentações na economia doméstica. O cenário sugere que os investidores estão atentos aos desdobramentos das negociações, que podem influenciar diretamente os fluxos comerciais e as cotações no curto prazo.