O Ibovespa começou a semana em terreno negativo, recuando 1,22% e fechando aos 133.491,23 pontos, em um dia marcado por cautela nos mercados brasileiro e americano. Enquanto os principais índices de Nova York também registraram quedas, variando entre -0,24% (Dow Jones) e -0,74% (Nasdaq), o índice da B3 acumulou perda de 1,17% nas duas primeiras sessões de maio, apesar de manter alta de 10,98% no ano. A nova carteira do Ibovespa, válida até 31 de agosto, manteve 87 ativos, com a entrada de Direcional (DIRR3) e Smart Fit (SMFT3) e a saída de Automob (AMOB3) e Locaweb (LWSA3).
O dia foi marcado pela queda do petróleo, pressionado pelo anúncio de aumento de produção da Opep+ em mais de 400 mil barris/dia a partir de junho, o que levou o Brent a ficar abaixo de US$ 60 pela primeira vez desde abril de 2021. A Petrobras foi uma das mais afetadas, com suas ações PN e ON caindo 3,73% e 2,81%, respectivamente, após a redução de 4,6% no preço do diesel para distribuidoras. Setores como frigoríficos também sofreram, com BRF recuando 4,54%, em meio a preocupações com restrições às exportações devido a um surto de gripe aviária nos EUA.
Em contraste, algumas ações se destacaram em alta, como Cogna (+8,81%) e Yduqs (+2,13%), impulsionadas por negociações de fusão, e Banco do Brasil ON (+0,76%). O dólar em alta e a aversão a risco dominaram o cenário, com investidores aguardando as decisões sobre juros no Brasil e nos EUA. Analistas destacaram a disparidade de preços do petróleo em relação ao mercado global e seus possíveis impactos nas receitas das empresas do setor, reforçando o tom cauteloso do início da semana.