O meia Jaderson, do Clube do Remo, tem mostrado evolução gradual em seu quadro de saúde após sofrer um trauma craniano durante o primeiro clássico Re-Pa da final do Campeonato Paraense. Especialistas que acompanham o caso explicaram que oscilações no edema cerebral são comuns em lesões graves, e exames de imagem estão sendo realizados para ajustar o tratamento. Apesar dos progressos, o neurocirurgião Amilton Júnior destacou que o retorno do jogador às atividades ainda é incerto, descartando qualquer previsão em menos de 30 dias.
O departamento médico do Remo, liderado pelo doutor Jean Klay, reforçou que Jaderson está sob avaliação constante para garantir sua segurança antes de qualquer retorno ao esporte. Klay também alertou para a dificuldade de diagnosticar traumas cranianos em campo, citando casos recentes em que lesões só foram confirmadas após exames específicos. O médico defendeu a implementação de um “VAR médico” para auxiliar na identificação de impactos não perceptíveis a olho nu.
Enquanto Jaderson se recupera, o Clube do Remo e torcedores têm demonstrado apoio, incluindo gestos simbólicos, como tingir os cabelos de branco em solidariedade. O título paraense conquistado pelo time foi dedicado ao jogador, que recebeu a medalha no hospital. O caso reacendeu a discussão sobre protocolos de segurança em lesões esportivas e a necessidade de maior precisão nos diagnósticos imediatos.