O médium e líder espírita Divaldo Franco faleceu nesta terça-feira (13), aos 98 anos. Reconhecido como um dos principais divulgadores da doutrina espírita no Brasil, ele foi fundador da Mansão do Caminho, instituição que acolhe crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social na Bahia. Ao longo de mais de 70 anos, dedicou-se a trabalhos filantrópicos e foi considerado por muitos como sucessor de Chico Xavier. A causa da morte não foi divulgada, mas ele enfrentava problemas de saúde, incluindo um câncer na bexiga diagnosticado em 2024.
Natural de Feira de Santana, Divaldo começou a relatar experiências mediúnicas ainda na infância. Em 1947, fundou o Centro Espírita Caminho da Redenção, que deu origem à Mansão do Caminho em 1952. A instituição, que hoje ocupa uma área de 78 mil metros quadrados em Salvador, oferece educação, assistência social e saúde para milhares de pessoas. Além disso, ele psicografou mais de 200 livros, atribuídos ao espírito Joanna de Ângelis, vendendo milhões de exemplares e sendo traduzidos para vários idiomas.
Embora sua trajetória tenha sido marcada pelo trabalho social e espiritual, Divaldo também gerou polêmicas nos últimos anos devido a declarações políticas conservadoras, incluindo apoio a figuras controversas e manifestações antidemocráticas. Sua vida foi retratada no filme “Divaldo – O Mensageiro da Paz” (2019), onde ele destacou a importância da ética acima de crenças religiosas. Seu legado permanece como uma mistura de influência espiritual, filantropia e debates públicos.