Após a detecção de um caso de gripe aviária em uma granja comercial em Montenegro (RS), o governo de Minas Gerais descartou 450 toneladas de ovos férteis e outros materiais provenientes do município gaúcho. A ação, realizada pela Secretaria da Agricultura e pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), foi preventiva e integra o Plano de Contingência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), estabelecido em 2022 entre União, Estados e setor produtivo. O objetivo é manter o controle sanitário das granjas mineiras e evitar a propagação da doença, garantindo a segurança da produção avícola no estado.
Os ovos férteis descartados são utilizados para reprodução e não para consumo humano. O rastreamento dos produtos originários da granja afetada no Rio Grande do Sul ainda está em andamento, e novos descartes em Minas Gerais podem ocorrer nos próximos dias. O estado, que é o segundo maior produtor de ovos e o quinto de galináceos do país, reforçou as medidas para conter possíveis riscos à sua capacidade produtiva.
A situação destacou a importância dos protocolos sanitários diante de surtos de gripe aviária, que já levaram outros países, como o México, a suspenderem importações de produtos avícolas brasileiros. O caso no RS, primeiro em granja comercial na América do Sul, acendeu alertas no setor, mas as autoridades afirmam que as ações estão em conformidade com os planos de contingência previamente estabelecidos.