O estado do Rio Grande do Sul reduziu o número de barreiras sanitárias instaladas para conter o foco de gripe aviária H5N1 em uma granja comercial de Montenegro. Das sete barreiras iniciais, apenas quatro permanecem em operação: três de desinfecção e uma de bloqueio. Duas delas estão localizadas dentro do raio de 3 km do foco, enquanto a terceira continua na RS-124. O Ministério da Agricultura declarou emergência zoossanitária na região, e o prazo de 28 dias para que o Brasil seja considerado livre da doença, caso não surjam novos casos, começou a ser contado nesta quinta-feira.
A desinfecção é realizada em veículos que circulam por propriedades rurais, como caminhões de carga viva ou ração animal, para evitar a disseminação do vírus. O plano de contingência estabelece dois círculos de ação: um raio de 3 km e outro de 10 km ao redor da granja afetada. As barreiras funcionarão por, no mínimo, sete dias, mas o prazo pode ser estendido conforme os resultados do monitoramento. A gripe aviária não é transmitida pelo consumo de carne ou ovos, e o Brasil nunca registrou casos em humanos.
Além do foco na granja de Montenegro, o vírus foi confirmado no Zoológico de Sapucaia do Sul, onde mais de 90 aves silvestres morreram. Análises genéticas indicam 99% de similaridade entre as amostras dos dois locais, sugerindo que a contaminação veio do ambiente externo. Inspeções em 540 propriedades dentro do raio de 10 km já foram concluídas, e novas vistorias começam neste sábado. Três casos suspeitos no estado ainda estão sob investigação.