Um médico foi denunciado por importunação sexual após tocar nas nádegas de uma mulher de 35 anos em um posto de combustíveis em Fortaleza. O caso, ocorrido em maio de 2024, foi flagrado por câmeras de segurança do local. O profissional, que atua como ginecologista e cirurgião bariátrico, estava na cidade para um congresso médico e parou no posto a caminho do aeroporto. A vítima relatou que o toque não consentido a deixou em estado de choque, seguido por crises de ansiedade e medo de sair às ruas.
A mulher, que preferiu não ser identificada, descreveu o impacto emocional do episódio, incluindo sentimentos de culpa e vergonha, comuns em situações do tipo. Ela ressaltou que, apesar de não ser “a pior das violências”, o ato a traumatizou e a fez questionar sua segurança em espaços públicos. O inquérito foi encaminhado à Justiça, mas foi devolvido para investigações complementares pela Delegacia da Defesa da Mulher de Fortaleza.
O caso reacende a discussão sobre a importunação sexual e seus efeitos psicológicos nas vítimas, muitas vezes subestimados. A mulher enfatizou a importância de denunciar tais atos, mesmo que pareçam “pequenos”, pois perpetuam uma cultura de violência e impunidade. A defesa do médico não se manifestou até a publicação da reportagem, e o processo segue em andamento.