A Medialivre, grupo de comunicação de Portugal, anunciou a demissão de 10 fotojornalistas como parte de um plano para reduzir custos, segundo o Sindicato dos Jornalistas (Sinjor). A decisão surpreendeu o sindicato, já que a empresa tem apresentado resultados financeiros positivos. O grupo, que possui cerca de 730 funcionários, incluindo 300 jornalistas, é dono de veículos como Correio da Manhã, Record e Jornal de Negócios.
O Sinjor criticou a medida, especialmente por ocorrer às vésperas do Dia do Trabalhador, e destacou que um dos principais acionistas da Medialivre, com 30% das ações, é uma figura pública de grande destaque no futebol. Em nota, o sindicato lamentou que, apesar dos lucros da empresa e da fortuna do investidor, tenham sido optados por cortes que afetam profissionais.
Em resposta ao anúncio, o sindicato organizou uma manifestação na Praça de Martim Moniz no dia 1º de maio. O protesto buscou chamar atenção para a contradição entre os resultados financeiros da empresa e a decisão de reduzir o quadro de funcionários. A situação levantou debates sobre a priorização de lucros em detrimento da manutenção de empregos, mesmo em empresas bem-sucedidas.