A Mattel está acelerando a transferência de sua produção para fora da China, como parte de uma estratégia de redução de exposição ao país. Atualmente, cerca de 20% das importações da empresa nos EUA vêm de Pequim, mas a meta é diminuir esse percentual para menos de 15% até o final de 2025 e para menos de 10% até 2027. Além disso, a fabricante da boneca Barbie planeja realocar a produção de aproximadamente 500 itens este ano, um aumento significativo em relação aos 280 transferidos no ano passado.
A empresa também decidiu retirar suas projeções financeiras para 2025, citando incertezas macroeconômicas, incluindo os impactos da guerra comercial iniciada durante o governo de Donald Trump. Essa volatilidade tem dificultado a previsão do comportamento dos consumidores. A divulgação ocorreu junto com os resultados do primeiro trimestre, que mostraram um aumento de 2,1% na receita, atingindo US$ 826,6 milhões—acima das expectativas dos analistas—mas também um prejuízo líquido maior, de US$ 40,3 milhões.
As despesas administrativas e de vendas subiram para US$ 390,9 milhões, contra US$ 352,9 milhões no ano anterior, refletindo os desafios operacionais enfrentados pela companhia. No after hours de Nova York, as ações da Mattel caíram 1,85%, sinalizando a reação cautelosa do mercado às notícias. A movimentação reforça a tendência de diversificação geográfica na cadeia de suprimentos, em meio a um cenário global cada vez mais imprevisível.