O Maranhão registra um aumento preocupante de casos de síndromes gripais, especialmente entre idosos e crianças, levando à superlotação em hospitais e à adoção de medidas emergenciais em pelo menos oito municípios. Entre os vírus identificados estão Influenza e Covid-19, que podem evoluir para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), condição que compromete a respiração e pode ser fatal em pacientes mais vulneráveis. Até maio de 2025, o estado já contabilizava 1.159 casos de SRAG, com São Luís concentrando a maioria das ocorrências.
Para conter a disseminação, o governo estadual ampliou leitos hospitalares e reforçou equipes médicas, enquanto campanhas de vacinação foram intensificadas devido à baixa adesão. A cobertura vacinal entre grupos prioritários, como crianças, gestantes e idosos, está em apenas 20,89%, segundo dados atualizados. Em São Luís, postos de saúde e até shoppings oferecem vacinação em horários estendidos, incluindo fins de semana. Municípios como Caxias, Pedreiras e São Raimundo do Doca Bezerra suspenderam aulas presenciais para reduzir a propagação do vírus.
Outras cidades adotaram medidas como uso obrigatório de máscaras em locais fechados, higienização frequente das mãos e restrições a visitas hospitalares. O cenário reflete uma tendência nacional, com a Fiocruz registrando 31 mil casos de SRAG no Brasil até abril, impulsionados por vírus como Influenza, Rhinovírus e Covid-19. As autoridades reforçam a importância da prevenção e do isolamento em casos de sintomas gripais para evitar sobrecarregar ainda mais o sistema de saúde.