O câncer do colo do útero, causado principalmente pela infecção persistente pelo HPV, é o terceiro tumor mais comum entre mulheres no Brasil, com mais de 17 mil novos casos anuais. A doença, que afeta principalmente mulheres em idade fértil, muitas vezes não apresenta sintomas iniciais, destacando a importância do exame preventivo Papanicolau para diagnóstico precoce. Fatores como tabagismo aumentam o risco, enquanto a vacinação contra o HPV e o uso de preservativos ajudam na prevenção.
Quando detectado cedo, as chances de cura chegam a 90%, com opções de tratamento que preservam a fertilidade, como conização cervical e traquelectomia radical. Casos avançados exigem abordagens mais agressivas, como histerectomia e quimioterapia, mas técnicas como a criopreservação de óvulos podem manter a possibilidade de maternidade futura. O acompanhamento multidisciplinar é essencial para alinhar o tratamento oncológico com os projetos reprodutivos da paciente.
A prevenção combina acesso amplo ao Papanicolau, vacinação contra o HPV em adolescentes e conscientização sobre práticas seguras. A mensagem é clara: cuidado ginecológico regular salva vidas, e o câncer do colo do útero, quando tratado a tempo, não precisa impedir o sonho da maternidade. Informação e empatia são fundamentais para transformar trajetórias.