Mães que enfrentaram perdas gestacionais relatam como essas experiências impactaram suas vidas e a jornada até a chegada de seus bebês arco-íris — termo usado para crianças nascidas após abortos espontâneos ou mortes prematuras. Ana Carolina e Valdevane, duas mulheres que viveram lutos gestacionais, destacam a mistura de alegria e medo durante uma nova gravidez, além da importância do apoio emocional. A psicóloga Geórgia Bueno reforça que a maternidade após uma perda não recomeça do zero, mas é marcada por uma história de resiliência e cuidado.
A publicitária Cleisse Alves também compartilhou sua trajetória após perder o filho prematuro Oliver e, posteriormente, dar à luz Lia e Mathias, seus bebês arco-íris. Ela descreve a dor da perda e a gratidão pela nova chance de ser mãe. A médica ginecologista Maria Luiza Barbacena explica que abortos espontâneos são mais comuns do que se imagina, ocorrendo em até 20% das gestações, e ressalta a necessidade de acompanhamento médico e emocional antes de uma nova tentativa.
O texto aborda ainda dados do Ministério da Saúde sobre prematuridade no Brasil, com aproximadamente 340 mil nascimentos prematuros anuais. A médica orienta que, após uma perda, é essencial respeitar o tempo de recuperação física e mental, além de investigar possíveis causas médicas. Histórias como as dessas mulheres destacam a complexidade do luto gestacional e a esperança renovada com a chegada de um bebê arco-íris, simbolizando luz após a tempestade.