Aline Queiroz Marcelino, moradora de Presidente Prudente (SP), viu sua vida transformada ao receber o diagnóstico de autismo do filho Mateus, aos 10 anos. O processo, que durou seis anos, também identificou altas habilidades, TDAH e disgrafia. Inicialmente, Aline enfrentou sentimentos de frustração e medo, mas encontrou força para reconstruir suas expectativas em torno do propósito do filho. A jornada incluiu consultas com múltiplos profissionais e a superação de desafios como a desconfiança inicial diante das habilidades precoces de Mateus, que andou e falou cedo, atrasando o diagnóstico.
Text: Com o tempo, Mateus evoluiu significativamente, reduzindo a necessidade de acompanhamento intensivo. No entanto, Aline destacou os obstáculos persistentes, como a falta de aceitação familiar e a dificuldade das escolas em promover inclusão efetiva, expondo crianças como Mateus a bullying e violência institucional. As pequenas conquistas do filho — como fazer amigos ou participar de atividades sociais — tornaram-se motivos de grande alegria para ela, que enxerga a maternidade atípica como um equilíbrio entre proteção e incentivo à independência.
Text: A experiência inspirou Aline a estudar psicopedagogia e Libras, além de fundar um ministério de inclusão em sua igreja, voltado para acolher famílias atípicas e promover acessibilidade. Ela enfatiza que a inclusão é um dever da sociedade, não um favor, e trabalha para conscientizar sua comunidade, incluindo projetos para surdos. Sua trajetória ilustra como os desafios pessoais podem se tornar uma força motriz para mudanças coletivas, unindo fé, conhecimento e ação social.