Na capital sul-coreana, Seul, lojas sem funcionários estão se tornando uma solução para a escassez de mão de obra e os altos custos trabalhistas. Esses estabelecimentos, que vão desde sorveterias até bares, operam 24 horas por dia com sistemas automatizados, dependendo da honestidade dos clientes para o pagamento. Empresários como Kim Sung-rae, dono de um bar sem funcionários, relatam que a automatização aumentou seus lucros e permitiu que focassem em outros negócios, evitando os desafios de contratar e gerenciar equipes.
A mudança para esse modelo é impulsionada por décadas de baixa natalidade e aumento do salário mínimo, que tornaram a mão de obra escassa e cara. Com uma taxa de fertilidade de apenas 0,75 filhos por mulher, o país enfrenta um declínio populacional que reduz a força de trabalho. Além disso, a pandemia acelerou a adoção de lojas automatizadas, já que elas evitavam contatos humanos e reduziam custos. Especialistas alertam que 43% dos empregos no país podem ser substituídos por automação nas próximas duas décadas.
Apesar dos desafios, o sistema tem se mostrado viável graças ao baixo índice de criminalidade na Coreia do Sul, onde furtos são raros e não comprometem a rentabilidade. Empresas como a Brownie, que gerencia lojas automatizadas, expandiram rapidamente, oferecendo serviços de manutenção e reabastecimento para os donos. Enquanto sindicatos expressam preocupação com o futuro do emprego, empresários veem na automação uma oportunidade para crescer em um mercado cada vez mais competitivo.