O líder de um partido na Câmara dos Deputados apresentou uma representação à Procuradoria-Geral da República, pedindo a abertura de uma investigação contra o atual ministro da Previdência Social. O documento alega que o ministro, que anteriormente ocupava o cargo de secretário-executivo da pasta, teria tido conhecimento de relatórios técnicos e alertas sobre irregularidades no INSS, mas não teria tomado medidas para interromper o esquema. As supostas fraudes envolvem descontos não autorizados em benefícios previdenciários, com prejuízos estimados em bilhões de reais.
Uma operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União identificou que entidades como associações e sindicatos teriam se beneficiado de acordos com o INSS para realizar os descontos, muitas vezes sem o consentimento dos segurados. A representação argumenta que a conduta do ministro pode configurar improbidade administrativa e prejudicar as investigações em andamento. Além disso, cita princípios constitucionais e jurisprudência do STF para embasar o pedido de afastamento cautelar.
O INSS suspendeu temporariamente todos os convênios de descontos e criou uma força-tarefa para revisar os casos e promover ressarcimentos. Enquanto isso, parlamentares da oposição pressionam pela instalação de uma comissão parlamentar de inquérito para apurar o caso. O governo ainda não se manifestou oficialmente sobre as acusações, que surgem em meio a uma troca recente no comando da pasta.