O médium e líder espírita Divaldo Franco faleceu na terça-feira (13), aos 98 anos, após uma longa batalha contra um câncer na bexiga, diagnosticado em novembro do ano passado. A causa direta da morte foi uma falência múltipla dos órgãos. Divaldo era uma figura reverenciada no espiritismo brasileiro e fundador da Mansão do Caminho, obra social que acolheu e educou milhares de crianças e jovens em situação de vulnerabilidade em Salvador. Sua trajetória de mais de 70 anos dedicados à caridade e à promoção da dignidade humana rendeu-lhe homenagens de personalidades como a cantora Ivete Sangalo e autoridades políticas, incluindo o prefeito Bruno Reis e o ex-prefeito ACM Neto.
Nascido em Feira de Santana, Divaldo descobriu sua mediunidade ainda na infância, enfrentando resistência da família até ser reconhecido como um dos maiores expoentes do espiritismo no país. Além de sua atuação social, ele psicografou mais de 250 livros e construiu um legado educacional e assistencial na Mansão do Caminho, mantido por meio da venda de suas obras e palestras. A instituição oferece desde ensino básico até cursos profissionalizantes e atendimento médico, impactando gerações de baiana renda.
O líder espírita foi submetido a tratamento com radioterapia e quimioterapia após o diagnóstico do câncer, mantendo-se estável por meses, mas sucumbiu às complicações da doença. Seu sepultamento ocorrerá no Cemitério Bosque da Paz, após um ato público de homenagem na Mansão do Caminho. Divaldo não deixou filhos biológicos, mas é lembrado como pai afetivo de centenas de pessoas que acolheu ao longo da vida, deixando um legado de amor e serviço ao próximo.