O líder do PDT na Câmara dos Deputados criticou a condução do governo federal na crise envolvendo o INSS, especialmente o tratamento dado ao ministro da Previdência. Ele afirmou que a demissão do titular da pasta poderia levar à saída da bancada da base aliada, destacando que a posição é defendida por todos os membros do partido. A nomeação de um novo presidente para o INSS sem consulta prévia ao ministro foi vista como um desrespeito, aumentando as tensões dentro da coalizão.
A crise se agravou após a deflagração de uma operação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), que identificou um esquema de cobranças irregulares no INSS, com prejuízos estimados em R$ 6,3 bilhões. O ex-presidente do instituto, indicado pelo ministro, foi afastado após as investigações, e a Justiça Federal determinou a quebra de sigilo de comunicações de envolvidos. Enquanto isso, a oposição pressiona pela abertura de uma CPI para investigar as fraudes, cabendo ao presidente da Câmara decidir sobre o requerimento.
O governo enfrenta crescente desgaste político, com críticas sobre a falta de coordenação na gestão da crise. O líder do PDT argumentou que a responsabilidade pelas indicações é compartilhada com a Casa Civil e que o governo deveria assumir sua parte, em vez de isolar o ministro. A situação expõe fragilidades na base aliada e pode levar a desdobramentos significativos, dependendo das próximas decisões do Palácio do Planalto.