Um indivíduo condenado por comandar esquemas de contrabando de ouro na Venezuela fugiu após remover sua tornozeleira eletrônica e substituí-la por um sósia. Ele cumpria prisão domiciliar em Boa Vista, Roraima, e sua ausência foi detectada em maio deste ano, quando agentes foram trocar o equipamento. O caso está sendo investigado pela Polícia Federal e pela Secretaria de Justiça de Roraima, que buscam localizar tanto o fugitivo quanto o sósia envolvido.
A extradição para a Venezuela já havia sido aprovada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em abril de 2025, com condições como a não aplicação de penas perpétuas. O governo venezuelano havia solicitado a entrega, alegando crimes como homicídio, tráfico de armas e extorsão. Antes da fuga, o monitoramento eletrônico registrou violações, levando a uma reclassificação de seu comportamento.
Autoridades estão apurando possíveis falhas no sistema de monitoramento e investigando crimes relacionados à fuga, como falsidade ideológica e fraude processual. A empresa responsável pelo equipamento também está sob análise. O caso reforça preocupações sobre a atuação de facções criminosas transfronteiriças e a eficácia das medidas de controle penal.