Um indivíduo preso por comandar um esquema de contrabando de ouro na Venezuela e líder de uma das maiores organizações criminosas do estado Bolívar fugiu após substituir sua tornozeleira eletrônica por um sósia. O caso foi descoberto em maio, quando agentes de monitoramento perceberam que outra pessoa estava usando o equipamento na residência onde cumpria prisão domiciliar em Boa Vista, Roraima. A extradição para a Venezuela já havia sido autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), com condições para garantir o cumprimento das leis brasileiras.
A fuga levou à abertura de investigações pela Polícia Federal e pela Secretaria de Justiça e Cidadania de Roraima (Sejuc), que buscam localizar o foragido e o sósia. A empresa responsável pelo monitoramento eletrônico também está sendo avaliada para verificar possíveis falhas. O caso inclui suspeitas de falsidade ideológica e fraude na execução penal, com a Corregedoria da Sejuc acompanhando as diligências.
O indivíduo havia sido transferido para prisão domiciliar em janeiro, após demonstrar bom comportamento, mas registrou violações no sistema antes da fuga. O STF havia aprovado a extradição em abril de 2025, exigindo garantias do governo venezuelano sobre o tratamento penal. As autoridades seguem em busca de esclarecimentos e da captura do envolvido.